Estilos de ensino

11-03-2011 04:24

 

 

Estilos de Ensino Segundo Mosston, in “Práticas de Ensino em Educação Física – Estágio Supervisionado” – Alfredo Faria Júnior, 1987

 

A leitura do artigo levou-me a reflectir sobre a escola actual e a minha prática docente.

A escola deixou de ser o único lugar onde se adquire o conhecimento académico, que ela valorizava e certificava, e passou a ter de partilhar com os “media” o papel que era só seu, quase em exclusivo, ficando com uma quota notoriamente mais pequena.

A “escola paralela”, liderada pela televisão, passa a ter um papel muito importante e incontrolável na formação dos cidadãos.

Perante esta situação, a Escola, embora continue a ser um pólo importante na transmissão do conhecimento, tem que se tornar cada vez mais num local de discussão, reflexão e sistematização desse conhecimento. No entanto, com as capacidades de discussão em espaço aberto que a Internet e outras redes permitem, a Escola não tem outra alternativa senão adaptar-se, inovar, transformar-se num local onde se aprende a aprender.

            Numa Escola em transformação, também o papel do professor se transforma. O professor já não é o que sabe tudo e que funciona como o simples transmissor de conhecimentos.

            O professor actual tem que ser um elemento activo na vida da escola, um profissional reflexivo e crítico, atento a todo e qualquer perfil de aluno nas suas aulas, actualizado e atento ao mundo em constante mudança.

            Na Escola de hoje o aluno está no centro do processo educativo e o professor é o incentivador, o orientador que ajuda os alunos a aprender. “É o educador no plano mais significativo do termo”.

            O professor da actualidade, preparado para enfrentar os desafios do futuro é “cooperante, companheiro, dinamizador, orientador, dialogante, aberto à inovação, à discussão e à reflexão, não acomodado, actualizado e actualizável, exigente consigo próprio, competente, metódico, reactivo, não receoso, independente mas capaz de partilhar experiências e de trabalhar em grupo, consciente da imensidão do conhecimento, e simultaneamente da sua pequenez, da dificuldade de seleccioná-lo e da facilidade em alcançá-lo, utilizando as novas ferramentas ao seu dispor, contra o saber acabado, consciente de que a aprendizagem ultrapassa largamente o conceito de ensino e de que é essencialmente um processo de transformação, generalista q.b. mas simultaneamente “especialista”, humano, colega, …” (Carrapiço)

            Todos os dias, na minha prática lectiva, na inter-relação com os meus alunos procuro ser pelo menos um pouco de cada um dos aspectos já referidos, pois acredito que todas as crianças têm um potencial de desenvolvimento e eu, como educadora, devo “proporcionar o ambiente adequado de forma a estimular esse processo natural”.

 

Um professor influi para a eternidade; nunca se pode dizer até onde vai a sua influência. (Henry B. Adams, 1838-1918)

 

Referências bibliográficas;

CARRAPIÇO, F., “Um Novo Perfil de Professor”., Universidade de Aveiro, https://w3.ualg.pt/~fcar/novo_perfil_professor.pdf, acedido em 08/01/2011.

 

 

 

12 de Janeiro 2011

 

Ana Maria Coelho – 38377